É difícil encontrar um estádio com mais títulos e mais história do que este. Inaugurado em 1947, o Santiago Bernabéu viu jogar no seu tapete verde quase todos os maiores jogadores de todos os tempos. Foi o palco da final do mundial de 1982 (Itália 3 - 1 Alemanha), e do Europeu de 1964 ganho pela Espanha. Mas é, antes de mais, a casa do Real Madrid, considerado o melhor clube do mundo do século XX pela FIFA.
Entrar neste estádio, com capacidade para 100 mil pessoas, completamente vazio, no meio do fervilhar de uma cidade de 3 milhões de habitantes tem uma atmosfera que transcende em muito um simples jogo.
Os mais de 60 anos de história deste estádio podem ser sentidos no museu do Real Madrid, onde a figura de Di Stéfano ocupa um lugar muito especial. "La Saeta Rubia" (a flecha loira), como era conhecido, foi um dos jogadores mais completos de sempre e é o símbolo máximo dos Madridistas. Foi com ele que o clube conseguiu conquistar as cinco primeiras edições da Taça dos Campeões Europeus (hoje Liga dos Campeões). Um recorde ainda inultrapassado e que (muito) provavelmente nunca o será.
E à fantástica equipa do Real Madrid dos anos 50 juntou-se ainda um dos pés esquerdos mais geniais da história do futebol - Ferenk Puskas. O líder da fantástica selecção da Hungria, campeã Olímpica em 1952, finalista derrotada no mundial de 1954 e que humilhou a Inglaterra em Wembley. Ainda hoje continua a ser lembrada como uma das melhores equipas de todos os tempos.
Desde esses tempos até aos dias de hoje, a constelação de estrelas que por ali passaram foi aumentado muito, como se sabe. E, de forma inteligente, um clube que tem adeptos espalhados por todo o mundo orgulha-se dos internacionais que o representaram e da multiculturalidade que marca também a sua história.